O Mito das Progressões e Promoções dos Servidores do Estado do Pará
- Fernando Maia

- 6 de out.
- 2 min de leitura
Atualizado: 7 de out.

Falar em progressões e promoções no Estado do Pará já virou quase um mito. O que antes era celebrado como uma vitória dos servidores com a implementação dos Planos de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), hoje é apenas motivo de frustração e descrédito.
Quando o sonho virou pesadelo
Ao conquistar o PCCR, muitos servidores acreditaram que finalmente teriam uma carreira valorizada, com avanços automáticos e previsíveis ao longo do tempo. Esse era o sonho: crescer profissionalmente e ser reconhecido pelo trabalho prestado.
Na prática, o que se vê é bem diferente. As progressões e promoções simplesmente não são implementadas. Servidores que organizaram suas vidas contando com esses reajustes agora enfrentam um pesadelo: salários congelados, perda de poder aquisitivo e a necessidade de recorrer à Justiça para garantir o óbvio — o cumprimento da lei.
Casos que se repetem
Os exemplos não param de se acumular:
Professores e Especialistas em Educação da SEDUC: sem progressões e promoções desde 2018.
Servidores da PGE, SEFA e SEPLAD: esperando promoções e progressões desde junho de 2025.
Em todos esses casos, não há justificativa plausível apresentada pelo Estado. Quem deveria dar explicações se cala, enquanto vozes isoladas — os chamados “papagaios de pirata” — repetem o argumento de sempre: “não há dinheiro”.
O paradoxo das prioridades
A alegação de falta de recursos cai por terra quando observamos os gastos públicos recentes. Um exemplo emblemático foi o show realizado no meio do rio para um grupo seleto de pessoas, que custou aos cofres públicos mais de R$ 30 milhões.
Ou seja, dinheiro existe, mas a prioridade não é o servidor público. A valorização dos profissionais que sustentam a máquina estatal parece sempre ficar em segundo plano, enquanto eventos faraônicos e obras de impacto midiático recebem atenção imediata.
A única saída: a Justiça
Diante desse cenário, a judicialização tem se tornado a única alternativa para que os servidores vejam seus direitos respeitados. Decisões recentes têm obrigado o Estado a implementar progressões e pagar retroativos, provando que a lei está do lado do servidor — ainda que o Executivo insista em não cumprir voluntariamente o que está previsto no PCCR.
E você, servidor? Quer saber quanto já perdeu (ou ainda está perdendo) por estar com suas progressões atrasadas?





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